Audiência analisa receitas e despesas do município no 1º quadrimestre de 2025
Diferença entre receitas e despesas de janeiro a abril foi de R$ 361,7 milhões. Dados foram apresentados à Câmara em audiência pública na tarde desta quarta-feira (28)
Foto: Rubens Cardia
O município de Piracicaba arrecadou de janeiro a abril deste ano de R$ 1,2 bilhão, o que representa 36,02% do total previsto para 2025 na Lei Orçamentária Anual (LOA).
O montante é 3,8% menor do que o previsto para o período e inclui os números da Prefeitura, Semae, Ipasp e Fumep.
Em relação às despesas, o município liquidou, até abril, 25,26% do total previstos na LOA 2025 (R$ 3,4 bilhões)), o que representa aproximadamente R$ 850 milhões. O valor é 8,27% menor do que o previsto no orçamento para o quadrimestre.
O resultado orçamentário do período, calculado com base na diferença entre a receita arrecadada e a despesa liquidada, foi de R$ 362 milhões.
Os dados foram apresentados por Yuri Katoo, Chefe da Divisão de Análise de Dados Econômicos da Secretaria Municipal de Finanças, em audiência pública realizada no plenário da Câmara Municipal de Piracicaba, na tarde de ontem (28).
Josef Borges, líder do governo na Câmara, classificou a audiência como essencial “para que nossa sociedade e nós vereadores possamos tirar as dúvidas e ter o conhecimento desse trabalho, que é de responsabilidade fiscal do Executivo. Essa audiência visa garantir a transparência e o controle social sobre a execução das políticas públicas e o cumprimento das metas fiscais, que é o mais importante”.
Receitas previstas e arrecadadas - De acordo com Yuri Katoo, quando analisadas as categorias econômicas, as receitas correntes arrecadadas ficaram em 1,13% acima do previsto para o período.
Já as receitas de capital e as receitas intraorçamentárias apresentaram, no primeiro quadrimestre, diminuição percentual, respectivamente, de -48,37% e -8,83% quando confrontadas com as previsões na LOA.
Nas receitas de capital, o percentual negativo advém majoritariamente dos financiamentos contratados pelo município, as chamadas operações de crédito. Do total dos R$ 118.3 mi previstos até abril, apenas R$ 60 mi tornaram-se receitas, o que representa um percentual de 49,37% a menos do que o estimado na LOA para o período.
“Nas receitas de capital, temos um percentual negativo nas operações de crédito. Pressupunha-se no ano passado que os empenhamentos, as atividades de obras das operações de crédito, já estariam mais avançadas, e houve um atraso tanto na questão de projetos quanto na execução. Então, também arrecadamos menos nesse primeiro quadrimestre do que deveríamos ter arrecadado. Obviamente, nas operações de crédito, se você não arrecada, você também não gasta, então é um efeito neutro, ou seja, não estamos perdendo receitas no geral”, explicou Yuri Katoo.