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Colaboração científica entre São Paulo e França aumenta impacto da pesquisa realizada nas duas regiões

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Avaliação foi feita por participantes da sessão de abertura da FAPESP Week França, em Toulouse

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jun 11, 2025
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Colaboração científica entre São Paulo e França aumenta impacto da pesquisa realizada nas duas regiões
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Da esquerda para direita: Odile Rauzy, reitora da Universidade de Toulouse III – Paul Sabatier; Pierre Cordelier, diretor do Centro de Pesquisa em Câncer de Toulouse (CRCT); Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP; Vahan Agopyan, secretário de CT&I de SP; Marie-Hélène Baroux, presidente do Instituto Superior de Aeronáutica e Espaço (Isae-Supaero); Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente do CTA da FAPESP; e Raul Machado, assessor da Presidência (foto: Elton Alisson/Agência FAPESP)

A colaboração científica entre pesquisadores da França e do Estado de São Paulo em diferentes áreas do conhecimento tem sido intensa e crescente nos últimos anos e contribuído para aumentar o impacto da pesquisa realizada nas duas regiões.

A avaliação foi feita por participantes da sessão de abertura da FAPESP Week França, que começou ontem (10/06) e termina amanhã (12/06) em Toulouse, capital da região da Occitânia, no sul da França.

“A França, juntamente com os Estados Unidos, o Reino Unido e a Alemanha são os parceiros de longo prazo mais importantes da comunidade científica de São Paulo. A cooperação científica e tecnológica entre as duas regiões tem sido forte e crescente. Nos últimos seis anos, pesquisadores da França e de São Paulo publicaram juntos 9,8 mil artigos científicos, o que representa 52% de todos os artigos publicados em colaboração internacional nesse período”, destacou Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP.

De acordo com dados apresentados pelo dirigente da Fundação, o impacto médio em termos de citação de todos os artigos publicados por cientistas franceses sem a colaboração com colegas paulistas é 1,37. Já o dos pesquisadores paulistas é de 1,02 (acima da média mundial). Os artigos publicados no ano passado pelos pesquisadores das duas regiões em parceria, contudo, tiveram impacto médio de 5,2.

“A colaboração é muito boa para ambas as regiões. É por isso que estamos aqui hoje: para ampliar e fortalecer essa colaboração, que pode assumir muitos formatos diferentes”, sublinhou.

A programação da FAPESP Week França inclui palestras de pesquisadores vinculados a universidades e instituições de pesquisa, além de empresas e startups de base científica e tecnológica do Estado de São Paulo e da França, nas áreas de saúde e aeronáutica.

A sessão sobre aeronáutica acontece no Instituto Superior de Aeronáutica e Espaço (Isae-Supaero). Já a sessão sobre saúde ocorre em paralelo à de aeronáutica no Hôtel-Dieu Saint-Jacques e foi organizada em parceria com o Centro de Pesquisa em Câncer do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da França (Inserm), o Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS) e a Universidade de Toulouse.

A relação científica entre pesquisadores franceses e brasileiros começou em meados do século 19, lembrou Vahan Agopyan, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo.

“Temos uma relação muito longa, que se fortaleceu durante a década de 1930 e retomou com maior força no início deste século”, ponderou.

O secretário apontou que eventos como as FAPESP Weeks são muito importantes para fortalecer essas relações históricas e contribuem para tornar a pesquisa feita em São Paulo ainda mais globalizada. “Esse tipo de atividade propicia não apenas a oportunidade de pesquisadores paulistas se relacionarem com colegas de outros países, mas ajuda a formar cientistas melhores e possibilita que sejam expostos a um ambiente de pesquisa internacional”, disse.

Em seis anos, pesquisadores da França e de São Paulo publicaram juntos 9,8 mil artigos científicos (foto: Elton Alisson/Agência FAPESP)

Oportunidades de colaboração

Na avaliação de Marie-Hélène Baroux, presidente do Isae-Supaero, uma das áreas que apresentam grandes oportunidades para expandir a colaboração científica entre o Brasil e a França é a de aeronáutica.

“A França e São Paulo têm interesses comuns em setores estratégicos, como o de aviação, que incluem temas como inteligência artificial, desenvolvimento de drones e sustentabilidade na aviação. Em ambos os lados do Atlântico, estamos unidos por objetivos comuns de tornar a aviação mais sustentável, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa nesse setor até 2030”, avaliou.

“Este encontro entre as duas regiões na FAPESP Week França é importante e natural porque o Estado de São Paulo apresenta a maior concentração de atividades aeroespaciais no Brasil e Toulouse é a capital europeia da aeronáutica e do espaço, onde há mais de 100 mil pessoas trabalhando no setor”, sublinhou.

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