CPFL e prefeitura são responsáveis pela fiscalização e conservação de fios e cabos em postes de Piracicaba
Audiência realizada na tarde desta terça (10) trouxe panorama do uso dos postes e cronograma de vistoria contra irregularidades; além de formas de contato para reclamações
Foto: Guilherme Leite
Os procedimentos adotados pela CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) e por empresas de telecomunicações que atuam na cidade a fim de garantir a correta conservação de fios e cabos nos postes de iluminação foram apresentados à população, vereadores e autoridades municipais, na tarde desta terça-feira (10), em audiência pública realizada no plenário da Câmara Municipal de Piracicaba.
O vereador Gustavo Pompeo (Avante) apresentou fotos e vídeos que retratam inúmeras situações em que cabos e fios soltos, baixos ou em desacordo com as normas vigentes, colocam em risco motoristas, motociclistas e pedestres que transitam por diversas vias da cidade.
Um dos casos relatados foi o do motociclista Gabriel de Paula Pereira, que participou da audiência. Em maio deste ano, ele ficou enroscado em um fio solto enquanto transitava pela Avenida Luiz Ralf Benatti, na região do Mário Dedini, sofrendo lesões no pescoço e em outras partes do corpo.
“Esses são alguns exemplos que encontramos rotineiramente aqui em Piracicaba”, disse Pompei ao comentar a apresentação. “Colocamos fotos e vídeos da área central, do Mário Dedini, de áreas periféricas e de áreas mais distantes. Não é algo exclusivo de um ponto. Esses fios estão ramificados praticamente em toda a cidade, e a manutenção precisa ser feita de forma igual, já que todos pagam de forma igual e o serviço precisa ter garantia de manutenção para não colocar as pessoas em risco. Estamos cobrando o serviço em toda a cidade de Piracicaba”, detalhou.
Durante a audiência, foi sinalizado que o motociclista e a empresa responsável pelo cabo solto entrarão em contato para melhor discutir o ocorrido.
Ocupação dos postes
De acordo com Gabriel Mello Neto, Engenheiro Civil da CPFL, os postes são de titularidade da concessionária, e servem inicialmente à rede elétrica primária e secundária e à iluminação pública.
Para além deste uso, há também a chamada faixa de ocupação, dez centímetros abaixo da iluminação pública, com até cinco pontos de fixação definidos pela distribuidora de energia a serem utilizados pelos chamados ocupantes, como as empresas de telecomunicações.
Esse uso compartilhado se dá por meio de contrato firmado entre a CPFL e a empresa interessada em fazer uso da estrutura do poste, e deve seguir diversas normativas técnicas de agências reguladoras e internas da própria companhia.
A ocupação, ainda segundo o engenheiro da CPFL, é considerada regular quando devidamente aprovada e vistoriada pela distribuidora, com um projeto técnico individualizado para cada região que assegure a integridade estrutural do poste e a segurança da operação.