Dino dá um tiro no mercado financeiro e acerta a própria nuca
A decisão do gênio nacionalista de dar uma ‘soberanada’ na Lei Magnitsky levou problemas desnecessários para o mercado brasileiro, apenas
O inimigo mora ao lado. O ministro Flávio Dino mora ao lado. Os banqueiros sentiram o baque (sorry) com a decisão do vizinho. Se o cenário econômico já sofria o impacto do tarifaço de Donald Trump a setores exportadores, a decisão do gênio nacionalista de dar uma ‘soberanada’ na Lei Magnitsky levou problemas desnecessários para o mercado financeiro também.
Em um golpe de mestre, os bancos brasileiros perderam R$ 41,3 bilhões em valor de mercado esta semana, com receio sobre o alcance da famigerada lei americana (repita, Magnitsky) em território brasileiro.
Com a decisão do Dino (sauro), se os banqueiros seguem a lei brasileira, se lascam. Se seguem a lei americana, se lascam. Estão se lascando e Dino, o Sauro, quer que eles se lasquem para que, assim, entendam que ele entende tudo de mercado internacional. A globalização para Dino é uma coisa de louco. Venezuelou. É o que ele sabe, Venezuelar. Os banqueiros estão putos com o Sauro venezuelando o mercado financeiro.
Se Dino fosse apenas um juiz do STF com vocações políticas, estaria bom. O problema é que a vocação política dele é de lascar. Da pedra lascada.
Nessas alturas do campeonato, alguém deve ter falado para o magistrado que ele está fazendo loucura.
Porque até agora à tarde (21), o Bradesco tentava se recuperar da queda, com 0,03% negativos. O Santander, idem (-0,04%). O Itaú estava no zero a zero. Mesmo o BB caia 0,12%.
A pergunta que fica é, qual o motivo da decisão? Ela foi tão impositiva e sem nexo, porque piora ainda mais a relação com os EUA num momento crítico e ferra um setor relativamente estável. Ou seja, ferra a economia brasileira ao invés de criar algum problema para os EUA, como pensava o Dino. É o tipo do revanchismo idiota. Para um Sauro, isso é café pequeno e deleitoso. No mundo das ideologias, Dino mostrou seu dom. Ele é perigoso e limitado em sua falta de limites. O magistrado deu um tiro no pé, podemos dizer?