E o clima da COP 30?
Os ambientalistas institucionalizados fazem um barulho tremendo e se capitalizam com ações improdutivas e muito dinheiro canalizado via institutos e fundações
COP30 à vista e as mudanças climáticas não mudam, permanecem no top parade dos ambientalistas radicais. Bill Gates soltou um artigo, comentado hoje (29) pelo Estadão, em que observa a desvantagem global de ser apocalíptico no assunto. O pobre fica de fora do potencial humano para erradicar a pobreza e prolongar a vida, observa ele. E rico ganha mais dinheiro com um discurso fácil e tenebroso.
Não é mentira. Os ambientalistas institucionalizados fazem um barulho tremendo e se capitalizam com ações improdutivas e muito dinheiro canalizado via institutos e fundações. Todos vão de avião ao encontro em Belém e vemos o rastro poluidor das aeronaves em um espaço infinito.
O assunto não é novo. Bill Gates não está dizendo nada de novo. Suas teses são as mesmas de Bjorn Lomborg, em seu livro O ambientalista cético, publicado no Brasil em 2002, baseado na tese do economista Julian Simon (universidade de Maryland), de que “grande parte do nosso conhecimento tradicional sobre meio ambiente se baseia em preconceitos e estatísticas inadequadas”.
Aquecimento global? Claro que há. Como há também o frio, que mata 10 vezes mais que o calor. Enquanto isso, na África, por exemplo, as questões centrais são doença e fome, que poderiam ser enfrentadas com recursos humanos e conhecimento científico. Bastaria apenas haver o redirecionamento de potencial. Bill Gates, provocador natural dos estatísticos do fim do mundo, disse em entrevista que, se tivesse que deixar o globo aquecer 0,1 grau para eliminar a malária, mandaria a temperatura esperar na fila de prioridades.
Não é possível, como tem sido demonstrado, dar cavalo de pau em um processo de desenvolvimento escolhido pela humanidade há séculos, inclusive pelos ambientalistas da AI, sim, inteligência artificial. Desenvolvimento bem-sucedido, mas mal avaliado e pobremente orientado. Lomborg, diante de um mundo de dados curiosos e relevantes sobre o tema, é cruel nesse assunto. Ele afirma, inclusive, que os ambientalistas ganham muito para distorcer informações e assustar o clima das pessoas que simplesmente procuram uma forma de levar a vida com menos sofrimento.
Salvar e melhora a vida vem antes do controle do clima e isso exige avanço na inovação e na economia, bem como o incentivo ao uso de energias renováveis, claro. Os líderes globais deveriam se pautar por essas premissas, reorientar o foco. Mais do que isso, é apocalipse para interesses próprios, o que tende a ficar evidente em mais um encontro global da hipocrisia. Ou não?




