Engenheiro formado pela EEP/Fumep vai receber maior prêmio da engenharia estrutural no Brasil
Antônio Carlos dos Santos será homenageado com o Prêmio Luiz Lobo
O engenheiro civil Antônio Carlos dos Santos (foto), formado pela Escola de Engenharia de Piracicaba (EEP), mantida pela Fundação Municipal de Ensino (Fumep) e vinculada à Prefeitura de Piracicaba, será homenageado com o Prêmio Luiz Lobo, a mais alta honraria concedida pelo Instituto Brasileiro do Concreto (Ibracon). A premiação reconhece profissionais cuja trajetória se destaca pela excelência acadêmica e pelas contribuições relevantes ao avanço da engenharia estrutural no Brasil.
A cerimônia de entrega ocorrerá durante o 66º Congresso do Concreto, que será realizado entre os dias 28 e 31 de outubro, em Curitiba (PR).
Professor na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Santos descreve a homenagem como uma surpresa repleta de significado. “Fico muito feliz, principalmente pelos meus orientandos. Sempre que algo assim acontece, penso nos alunos que já passaram por mim, desde a iniciação científica até o doutorado. Para eles, acredito que seja também um reconhecimento. É uma forma de olhar para trás e perceber que estávamos no caminho certo. E, para os que estão comigo hoje, é um incentivo. Mostra que estamos trilhando uma boa jornada juntos”, compartilha o docente.
Com uma trajetória acadêmica sólida, com mestrado pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), doutorado pela USP (Universidade de São Paulo) e pós-doutorado como professor visitante na University of Ottawa, no Canadá, o profissional reconhece que suas conquistas não foram construídas sozinhas. “Nenhuma conquista é apenas resultado do esforço individual. Sempre há colegas, orientadores, alunos e pessoas que vieram antes, abrindo caminhos. Isso precisa ser lembrado”, destaca.
Apesar da carreira com atuação nacional e internacional, o engenheiro mantém laços afetivos com Piracicaba e, em especial, com a EEP, onde tudo começou. Segundo ele, o caráter prático do curso foi um diferencial decisivo. “A EEP sempre teve essa formação voltada para o fazer, para o ‘colocar a mão na massa’. Isso fez toda a diferença na minha trajetória, principalmente por eu atuar em uma área experimental”, relembra.
Atualmente, suas pesquisas são voltadas para estruturas de concreto aplicadas a ferrovias, com foco em soluções para desafios reais do setor produtivo. E esse olhar prático, diz ele, tem raízes bem definidas. “A pergunta que sempre guia meu trabalho é: como resolver um problema concreto, do dia a dia? Essa forma de pensar, direta, aplicada, com propósito, com certeza veio da EEP”, afirma.