Esalq/USP confirma parada temporária do serviço de equoterapia para a saúde pública
A nota foi divulgada agora à tarde pelo departamento de comunicação da instituição
Foto: Rubens Cardia
Foi aprovada ontem à noite (19) pela Camara Municipal de Piracicaba uma moção de apelo, de autoria do vereador Rerlison Rezende (PSDB), para que a Esalq/USP não interrompa o serviço de equoterapia oferecido aos pacientes SUS de Piracicaba. A assessoria de comunicação da instituição, no entanto, não tinha uma informação segura sobre o que de fato estava ocorrendo no setor, se havia mesmo o risco de paralisação ou não so srviço. Somente hoje à tarde (20) o site Viletim recebeu uma nota explicativa sobre o que deve acontecer no segundo semestre deste ano com a equoterapia:
“A principal razão para a pausa é a ausência de um(a) docente especialista na área de Equinocultura e com especialização em Equoterapia, condição imprescindível para a continuidade das atividades. Nos últimos anos, a coordenação técnica do projeto esteve sob responsabilidade de uma professora da FZEA/USP, que mantinha vínculo parcial com a ESALQ (40% do tempo). No entanto, neste semestre, a referida docente solicitou o encerramento de sua vinculação conosco, comprometendo-se apenas com a finalização da turma em andamento.
“Dado o caráter complexo da atividade, será necessário contratar um novo profissional com a qualificação adequada para dar prosseguimento ao projeto.
“O segundo fator diz respeito à disponibilidade de recursos. Parte significativa do orçamento do projeto provém de doações, com apoio complementar da Reitoria da USP. Com o encerramento das atividades da atual equipe gestora, técnica e administrativa, não haverá recursos alocados para o próximo semestre. Assim, a intenção é captar fundos ao longo do segundo semestre, de modo a possibilitar a retomada das atividades, preferencialmente no primeiro semestre de 2026.”
Sobre o serviço
O projeto de equoterapia, iniciado em agosto de 2001 no Setor de Equinocultura do Departamento de Zootecnia da Esalq, oferece tratamento terapêutico e educacional complementar, utilizando o cavalo como instrumento de reabilitação de pessoas com deficiência física, neurológica ou mental e promovendo melhorias no desenvolvimento físico, psíquico, cognitivo e social dos participantes.
Atualmente, atende semanalmente cerca de 20 pacientes —entre crianças, adolescentes e adultos—, priorizando famílias em situação de vulnerabilidade social e acolhendo pacientes com diferentes tipos de deficiências físicas, mentais e psicológicas.