Estação de tratamento de lodo da ETA Luiz de Queiroz deve sair do papel em março
Estudo para a contratação do melhor modelo de obra pelo Semae está em fase final
O Semae espera contratar ainda em março a empresa que vai construir o sistema de tratamento de lodo da ETA Luiz de Queiroz. A estação foi a responsável pela crise hídrica que prejudicou a cidade no final do ano passado e início deste ano, devido ao lodo que havia sido depositado de forma irregular no tanque de decantação, durante a gestão Luciano Almeida (PP), reduzindo em 50% a produção de água potável na unidade.
De acordo com a autarquia, o estudo para a contratação do melhor modelo de obra para o tratamento do lodo está em fase final. Enquanto a obra não ficar pronta, a retirada do lodo será feita por empresa terceirizada e levada a outras estações de tratamento da cidade, conforme acordo estabelecido com o Ministério Público e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
Havia uma dúvida no ar em relação à possibilidade de a prefeitura estar descartando novamente o lodo no rio Piracicaba durante este período. Agentes do Ministério Público alertaram sobre a ilegalidade do procedimento e que a prefeitura havia se comprometido a não contaminar o manancial.
De fato, segundo a Cetesb, que fiscaliza o acordo para regularização das atividades da ETA e a preservação do Rio Piracicaba, o descarte não está ocorrendo e a prefeitura segue o acordo de resolver o problema de forma transparente.
Em nota, a Cetesb afirmou que durante este período, “não foi constatado nenhum descarte, tampouco, houve registro de reclamação ou denúncia [a respeito]. No momento, a agência ambiental aguarda a apresentação, por parte do Semae, de um projeto e plano de ação para a solução definitiva do caso.”
Usina são José
Outra especulação que circula entre ambientalistas é sobre a possibilidade de a Usina São José, de Rio das Pedras, que foi multada pela condenação referente à contaminação do Rio Piracicaba e Tanquã no meio do ano passado, estar funcionando de forma irregular. Segundo a Cetesb, a unidade industrial “está com a licença de operação da Cetesb suspensa”, ou seja, está impedida de funcionar, e uma vistoria no local está programada para os próximos dias.