Estou com a minha soberania abalada

Não é de hoje que torço para qualquer time que saiba regra de três

Quem achava que a relação amorosa entre Bolsonaro e Moraes havia chegado ao ápice com a tornozeleira eletrônica em troca de um Magnitsky, se enganou. O clima estava só esquentando. O ciúme de Moraes foi tanto que resolveu fortalecer o controle do seu encanto com uma prisão domiciliar. “Já para o castelo, queridão!”

Amor que nasce torto deixa a gente tonta e sem entender nada. Mas o barulho está na praça. O amor está no ar. Tem torcida para todos os lados. Antes do ponto final, haverá um monte de exclamações.

Uma espécie de Big Brother se instalou no país, mas o voto de minerva é sempre dele, o pouca-testa do STF, o xerifão, que se exorbita e não sente nem dor de cabeça, mesmo diante de um Trump, que lhe deu um castigo desproposital, envolvendo sua sesmaria, o Brasil. Sesmaria de Xandão ou de Trump?

Trump de um lado e Lula do outro, estes são os padrinhos casamenteiros. “Mexeu comigo, mexeu com a loucura do império. Eu sou o Deus do Trovão”, diz Trump, para manifestar um pouco do que é capaz. Fazer barulho ele sabe. E fez o raio cair bem na cabeça do seu algoz.

Enquanto isso, Lula defende sua soberania nordestinada, daquelas que está sempre na boleia de um caminhão, de discurso em discurso, de palanque em palanque. “Eu vim de lá bem crescidinho. Ninguém me ensinou a pisar neste chão devagarinho”.

É com esta soberania, que só cresce, que o demiurgo Lula pretende fazer mais quatro anos de pilhagem geral. Mais 8, mais 16, mais 32. Xi, cadê o Brasil?

E o povo brasileiro? É um povo brasa, mora! Gosta de uma farra, de um big brother, de um barraco, como o do casal em questão. E escolhe um lado para torcer, sempre. É Fla-Flu, é Corinthians ou Palmeiras. Não tem meio termo.

Mas isso tudo nunca dá em coisa boa. Não é de hoje que torço para qualquer time que saiba a regra de três, porque na hora de pagar as contas, vai ter que pedir auxílio-governo e vai ver o tamanho da soberania. É pobreza na certa. Quem acredita que um país avança com tanto atraso mental?