Governo Federal atende reivindicações do Simespi e inclui fornecedoras de exportadores no Plano Brasil Soberano
Documento foi entregue, em agosto, ao vice-presidente da República Geraldo Alckmin
A comitiva foi recebida, em agosto, pelo vice-presidente, a quem foi entregue documento alertando sobre os impactos do tarifaço na indústria metalmecânica - Crédito: Divulgação
O governo federal ampliou oficialmente o acesso das empresas ao Plano Brasil Soberano, programa criado para mitigar os impactos do chamado tarifaço imposto pelos Estados Unidos às exportações brasileiras. A nova portaria publicada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) inclui, entre as beneficiárias, as empresas fornecedoras das indústrias exportadoras — exatamente como solicitado pelo Simespi (sindicato patronal das indústrias do setor metalmecânico de Piracicaba, Saltinho e Rio das Pedras) em audiência realizada em Brasília no mês de agosto.
A reivindicação foi apresentada diretamente ao vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, pelo presidente do Simespi, Erick Gomes, pelo vice-presidente André Simioni, pela diretora da Painco, Daniela Cordeiro, e pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba e Região, Wagner da Silveira, o Juca. A agenda foi intermediada pela deputada estadual Professora Bebel (PT) e a reunião contou com a participação do prefeito Helinho Zanatta (PSD).
Na portaria, o governo ampliou o tipo de empresa apta a solicitar apoio, passando a contemplar também fornecedoras de exportadores, com impacto mínimo de 1% do faturamento bruto, conforme o pleito encaminhado pelo Simespi. Na regra anterior, poderiam buscar as linhas de financiamento emergencial empresas, microempreendedores individuais e produtores rurais que comprovassem impacto de mais de 5% do faturamento bruto nas exportações para os Estados Unidos.
O presidente do Simespi, Erick Gomes, celebrou a decisão: “Levamos ao vice-presidente a preocupação de toda a nossa cadeia produtiva, e o governo foi sensível ao que apresentamos. A inclusão das fornecedoras no programa era essencial para proteger milhares de empregos e garantir competitividade às indústrias da nossa região. Essa conquista é do setor produtivo, construída com diálogo e cooperação.”
Com a mudança, empresas que compõem a cadeia de fornecimento de exportadores passam a ter acesso ao suporte financeiro emergencial, assegurando melhores condições para enfrentar os prejuízos decorrentes das barreiras tarifárias impostas pelos EUA.
As linhas de crédito somam R$ 30 bilhões e são operadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os governos brasileiro e dos Estados Unidos seguem em negociação acerca das taxas.



