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Lula pela ótica da filosofia

Lula pela ótica da filosofia

Um caso complicado, que une desprezo à inteligência alheia e falta de vergonha na cara

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Romualdo da Cruz Filho
mai 30, 2025
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Lula pela ótica da filosofia
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O filósofo Dennys Xavier escreveu um belo texto para a revista Crusoé nesta sexta-feira (30) sobre o discurso de Lula no sertão nordestino, ao tratar da rede que leva água do São Francisco à região. “Deus mandou a seca para depois mandar o Lula”.

Ao apontar detalhes do jogo linguístico de Lula, o pensador concluiu que se trata de “Teologia da Desfaçatez”, quando o presidente se coloca como um rei profeta para resolver os pecados do mundo.

“O que Lula nos oferece aqui é uma teologia do poder: um messianismo reciclado, de tipo chinfrim, no qual o Estado assume os atributos da graça, e o governante, os poderes do Cristo operário”, afirma o filósofo.

Xavier observa também as relações promíscuas de Lula no jogo de poder, ao se aliar ao que há de pior no cenário brasileiro, o que requer cálculos e estratégia, sempre avessas a uma postura socrática.

Em sua conclusão, Xavier afirma que Lula exige uma leitura invertida de Darwin, uma vez que o evolucionista propunha que até os espermatozoides eram selecionados no processo da vida, vencendo sempre o mais apto:

“Se é verdade que a vida humana resulta da vitória do espermatozoide mais apto, então o caso de Lula exige uma revisão urgente da teoria.”

E deduz de sua suposição: “A não ser, é claro, que a aptidão evolutiva, em certas democracias tropicais, se defina não pela inteligência ou pela virtude, mas pela extraordinária capacidade de se adaptar aos instintos mais baixos de massas amorfas de seres humanos.”

Agora digo eu: Lula é um caso para estudo. Sua genialidade está na sua capacidade de não se envergonhar pela sua ignorância. Em um país com baixo nível educacional, um líder popular com características telúricas, avessas à racionalidade, torna suas investidas contra a sensatez eficazes.

A preocupação de Lula é com ele mesmo e com um mundo de forças ocultas que só ele sabe dominar (Dá-lhe Lava Jato). Longe de Santo Agostinho, o apedeuta se traveste de Antonio Conselheiro e do homem mais honesto da terra, como se estivesse falando "bom dia".

Gente assim não tem limite. Faz até ressuscitar os mortos. Antonio conselheiro venceu a batalha e hoje governa o Brasil.

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Romualdo da Cruz Filho
Jornalista e, à moda antiga, leitor de livros de papel
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