Lula praticamente não sai do lugar, mas ganha 'presidenciabilidade'
Pulso Brasil, do Ipespe, conseguiu mostrar hoje (2) essa realidade
Imagem ChatGPT
Analisar pesquisa de opinião é um exercício que nos leva sempre a tocar naquilo que gostaríamos que ela estivesse dizendo. Especialmente quando os números não são determinantes. Ou seja, não trazem ainda uma certeza sobre a tendência do eleitorado.
Estamos a um ano da eleição para presidente e a Pulso Brasil, do Ipespe, conseguiu mostrar hoje (2) essa realidade ‘neutra’, mesmo que se afirme que o presidente Lula ganhou o que se chama de “presidenciabilidade”.
Questionado se ele seria um bom presidente, a pesquisa anterior do mesmo instituto mostrava que 39% achavam que SIM. Agora, são 47%. É, sem dúvida, um bom sinal para Lula. Porém, o percentual ainda é menor que a metade do eleitorado.
Seu governo fica na média de 50% de aprovação, segundo a pesquisa, uma pequena oscilação em relação à pesquisa anterior, quando Lula era desaprovado por 51%.
Há ainda uma pergunta certeira sobre 2026: “Lula seria um bom presidente?” Para 50%, a resposta é NÃO. Claro que houve uma melhora em relação ao cenário levantado anteriormente quando a resposta negativa abrangia 57% (por isso a expressão ‘ganhar presidenciabilidade’).
A situação de Bolsonaro é ainda pior. Mesmo preso, ele tem a aceitação de 35% dos que opinaram. No entanto, 62% dos entrevistados acham que ele NÃO seria um bom presidente.
Dentre os candidatos possíveis, está mais ou menos assim, segundo a pesquisa: Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem 33% da preferência; Fernando Haddad (PT), 32%; Michelle Bolsonaro (PL), 25%; Ratinho Jr. (PSD), 23%; Romeu Zema (Novo), 20%; Eduardo Bolsonaro (PL), 20%; Ronaldo Caiado (União), 16%; Flávio Bolsonaro (PL), 16%; e Eduardo Leite (PSD), 11%.
Mas não se pode perder de vista que o único candidato conhecido nacionalmente, pela maioria do eleitorado, chama-se Luiz Inácio Lula da Silva. Em segundo lugar, talvez venha Haddad (o poste). Os demais são conhecidos apenas em seus estados e precisam ainda fazer muita campanha para ganhar musculatura nacional. Seria isso uma vantagem para eles? Eu penso que sim.
Evidente que Lula tem a máquina pública nas mãos e isso é muito importante para ele tentar manipular a realidade a seu favor, o que ele faz todos os dias. Além de que, ainda corre sozinho. Mas o presidente/candidato precisa conquistar um eleitorado que não quer vê-lo nem pintado de ouro. O voto útil é a cara do Brasil. Com um ‘bom’ candidato de oposição, teremos uma disputa bem interessante de assistir no ano que vem. É disputa, tudo indica até o momento, travada no meio a meio, com uma leve movimentação de última hora.