Mercado imobiliário de Piracicaba registra retração em novembro, mas mantém desempenho positivo no acumulado do ano
As vendas apresentaram queda de 42,38% e o volume de novos contratos de locação assinados no período teve queda de 70,85%
O Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECISP) publicou um estudo relativo ao mês de Novembro de 2025, comparando os números obtidos nos mercados de venda e locação de casas e apartamentos com os de Outubro de 2025 em Piracicaba e região.
Foram consultadas 76 imobiliárias das cidades de Águas De São Pedro, Araras, Bofete, Capivari, Elias Fausto, Laranjal Paulista, Leme, Limeira, Piracicaba, Pirassununga, Porangaba, Rio Claro, Rio Das Pedras, Saltinho, Santa Cruz Da Conceição, Santo Antônio Do Jardim, São Pedro e Vargem Grande Do Sul.
As vendas apresentaram queda de 42,38% e o volume de novos contratos de locação assinados no período teve queda de 70,85%.
Os dados da pesquisa do CRECISP em Piracicaba e região mostram que o mês de novembro apresentou um recuo significativo tanto nas vendas (-42,38%) quanto nas locações (-70,85%) de imóveis residenciais usados em relação a outubro. Trata-se de um movimento de ajuste após meses de forte oscilação, em um mercado ainda concentrado em imóveis de padrão médio, com valores predominantemente entre R$ 200 mil e R$ 300 mil, perfil familiar e localizados majoritariamente nas regiões periféricas.
O financiamento pela CAIXA segue como principal modalidade de pagamento, o que demonstra a relevância do crédito imobiliário para a sustentação das negociações.
Apesar do resultado pontual de novembro, o acumulado de 2025 permanece bastante expressivo, com alta de 153,7% nas vendas e 72,09% nas locações, evidenciando a resiliência do mercado imobiliário regional. Nas locações, observa-se preferência por imóveis acima de R$ 2 mil, bem localizados, sobretudo nas áreas centrais, e com predominância do depósito caução como garantia. Esse cenário reforça a importância da atuação técnica e responsável do corretor de imóveis para orientar clientes, equilibrar expectativas e garantir segurança jurídica nas transações, especialmente em períodos de maior instabilidade conjuntural.
Vendas
Casas: 43%; apartamentos: 57%
Locações:
Casas: 68%; Apartamentos: 32%
Vendas em Novembro
A média de valores das casas e apartamentos vendidos no período ficou em R$ 200 mil até R$ 300 mil.
A maioria das casas era de 2 dormitórios, com área útil de 50 m² a 100 m².
A maioria dos apartamentos era de 2 dormitórios, com área útil de até 50 m².
52,9% das propriedades vendidas em Novembro estavam situadas na periferia, 29,4% nas regiões centrais e 17,6% nas áreas nobres.
Com relação às modalidades de venda, 64,1% foram financiadas pela CAIXA, 15,4% por outros bancos, 7,7% diretamente pelos proprietários, 7,7% dos negócios foram fechados à vista e por consórcios, 5,1% no período.
Locações em Novembro
A faixa de preço de locação de preferência dos inquilinos de casas e apartamentos ficou acima de R$ 2.000,00.
A maioria das casas era de 2 e 3 dormitórios com área útil acima de 50 m².
A maioria dos apartamentos era de 3 dormitórios com 50 m² até 200 m² de área útil.
A principal garantia locatícia escolhida pelos locatários foi o depósito caução. Os novos inquilinos optaram por imóveis situados na periferia das cidades pesquisadas (29%), na região central (50%) e nas áreas nobres (21%).
E daqueles que encerraram os contratos de locação, 75% não informaram a razão da mudança, 0% mudaram para um aluguel mais caro e 25% mudaram para um aluguel mais barato.



