Mortalidade infantil caiu 33% nos últimos 25 anos no Estado de São Paulo
Em 2024, o índice de mortalidade infantil registrou 11,45 óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos
A queda da mortalidade infantil entre 2000 e 2024 trouxe maior homogeneidade regional – Foto: Ariadna Creus e Àngel García/Banc d’Imatges Infermeres via Flickr
Um estudo da Fundação Seade mostra que a mortalidade infantil no Estado de São Paulo caiu aproximadamente 33% entre os anos de 2000 e 2024. De acordo com os dados analisados em todo o território paulista, o indicador apresentou queda expressiva e contínua de 2000 até 2015, seguido de estabilidade e nova redução durante a pandemia. Em 2024, o índice de mortalidade infantil registrou 11,45 óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos.
A redução foi mais acentuada entre zero e seis dias (de 8,7 para 5,6 por mil), seguida por 28 a 364 dias (de 5,5 para 3,7 por mil). Já entre sete e 27 dias, a variação foi menor: de 2,8 para 2,1 por mil. Apesar da desaceleração e pequeno aumento, os índices permanecem baixos.
No período analisado, a diminuição da mortalidade infantil também é observada nos 645 municípios do Estado. Em 2024, pouco mais da metade, 330 municípios, registrando até 9,9 por mil e somente 88 na faixa de 20 ou mais óbitos por mil, indicando avanço significativo e maior homogeneidade nos níveis mais baixos. Predominavam, em 2000, níveis elevados da mortalidade infantil nas 645 cidades paulistas: 220 municípios tinham taxas superiores a 20 óbitos por mil nascidos vivos e apenas 162 apresentavam menos de dez mortes por mil.

Principais causas
As causas perinatais seguiram como principais responsáveis pela mortalidade infantil, com 54% dos óbitos em 2024, embora suas taxas tenham sido reduzidas de 9,7 para 6,6 por mil no período. As causas respiratórias e infecciosas tiveram as maiores quedas proporcionais: 61% e 46%, respectivamente. Já as taxas das malformações congênitas ficaram estáveis, apesar de crescerem em participação: de 17% para 24%. As demais causas caíram 30%, representando 13% em 2024, indicando forte redução das evitáveis e maior peso das não preveníveis.
Regiões
A queda da mortalidade infantil entre 2000 e 2024 trouxe maior homogeneidade regional, já que a maioria das regiões administrativas com taxas mais elevadas em 2000 registrou as maiores reduções: nas RAs (regiões administrativas) de Itapeva, Bauru, Presidente Pudente, Franca e Barretos as quedas superaram 40%. Em 2024, as maiores taxas ocorreram na Baixada Santista (15,5 óbitos por mil), Itapeva (14,0) e Araçatuba (13,4), enquanto as menores foram observadas nas RAs de Presidente Prudente, Barretos e Ribeirão Preto, todas com taxas inferiores a dez por mil. (Fonte: Jornal da USP)



