Polícia fala sobre a prisão dos envolvidos no latrocínio do ciclista Vitor Medrado
A vítima foi assassinada a tiros pouco depois de ser abordada por dois criminosos enquanto estava do lado de fora do Parque do Povo, no Itaim Bibi, por volta das 6h do dia 13 de fevereiro
O Secretário de Segurança Pública do Estado, Guilherme Derrite, concede entrevista coletiva sobre a prisão de envolvido no latrocínio do ciclista Vitor Medrado. Foto: Marcelo Camargo/Governo de SP
O Secretário de Segurança Pública do Estado, Guilherme Derrite, concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira (19) para falar sobre a prisão dos envolvidos no latrocínio do ciclista Vitor Medrado, que aconteceu em fevereiro deste ano, no Parque do Povo, em São Paulo.
A vítima foi assassinada a tiros pouco depois de ser abordada por dois criminosos enquanto estava do lado de fora do Parque do Povo, no Itaim Bibi, por volta das 6h do dia 13 de fevereiro.
O condutor da moto utilizada no latrocínio foi encontrado em Paraisópolis, na zona sul, nesta quarta-feira (19), durante uma operação da 1ª Delegacia de Roubos e Latrocínios. O comparsa dele, responsável por efetuar o tiro que matou o ciclista, já havia sido preso na primeira semana de março.
Os dois detidos são: Jeferson de Souza Jesus, 28 anos, preso hoje e Erick Benedito Veríssimo, 20 anos, preso em flagrante no último dia 8.
“Nosso objetivo é diminuir os crimes e evitar que aconteçam. Todo planejamento da Polícia Militar é direcionado com base em evidências da maior probabilidade do crime acontecer. Essa análise criminal é feita mês a mês. Tem diminuído, mas crimes continuam acontecendo. A discussão que fazemos é: o criminoso é preso 14, 15, 30 vezes pela polícia. A segurança pública só vai melhorar efetivamente no Brasil quando houver uma lei que puna adequadamente os criminosos e todos da sociedade. Precisamos defender de maneira intransigente o cumprimento da pena no Brasil. É inadmissível um criminoso ser condenado a 10 ou 12 anos e dali a seis meses estar na rua já”, Guilherme Derrite
Outros crimes
De acordo com a Polícia Civil, há indícios de relação entre o latrocínio de Vitor Medrado e uma outra ocorrência de horas depois do mesmo dia na região do Brooklin. Um dos presos pelo latrocínio de Vitor confirmou que teria praticado essa segunda ocorrência com outro condutor, mas com a mesma motocicleta e mesmo atirador com outros tajes, possivelmente com a mesma arma.
Câmeras de segurança
Segundo o delegado Ronaldo Sayeg, responsável pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), foi necessária uma análise minuciosa de câmeras de segurança para identificar o suspeito preso hoje. “Notamos as características físicas dele, percebemos que era um homem mais forte. Depois, acompanhamos toda a rota realizada por essa moto, que saiu lá de perto do parque, onde o Vitor foi morto, até a comunidade de Paraisópolis”, explicou.
“O assassino não conhecia a vítima, foi uma covardia de um criminoso armado. No país, criminosos não têm medo de serem presos”, Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública
Financiadora dos crimes
Ação da Polícia Civil prendeu em 18 de fevereiro uma mulher apontada como a financiadora dos crimes de roubos na cidade de São Paulo. Ela foi detida em Paraisópolis, na zona sul da capital paulista.
De acordo com os investigadores, a suspeita de 41 anos, conhecida como “mainha do crime”, facilitava as ações criminosas financiando os roubos em diferentes pontos da cidade. A suspeita é que o latrocínio do ciclista possa ter envolvimento com a quadrilha financiada por ela.