Ponto de Cultura Garapa apresenta 'Quando nasce uma criança' no dia 18 de dezembro
Fotografia: Leonardo Zimmerman
A primeira apresentação aconteceu no dia 28 de novembro, no Ponto de Cultura Garapa. A segunda foi realizada no dia 16 de dezembro, na Comunidade Renascer, ampliando o diálogo com moradores locais. Para encerrar a programação de 2025, a peça será apresentada novamente no Ponto de Cultura Garapa, dia 18, às 19h, com entrada gratuita.
O trabalho nasce da urgência de romper o silêncio em torno do parto, do corpo que pare e das violências que atravessam esse processo. Construído a partir de narrativas reais de mulheres, parteiras e profissionais da saúde, a peça traz à cena experiências historicamente desautorizadas, medicalizadas ou silenciadas.
Em um contexto em que o nascimento foi transformado em procedimento, a obra devolve centralidade à escuta, ao tempo do corpo e aos vínculos. Valoriza os saberes tradicionais de cuidado, a presença das parteiras e as práticas que atravessam gerações, afirmando o parto como um acontecimento comunitário, político e profundamente humano.
A direção é assinada por Thaís Dias, artista piracicabana, formada pela Escola Livre de Teatro de Santo André (ELT). Atriz, figurinista, produtora cultural, arte-educadora e diretora artística, Thaís é filha de Dona Elza e Seu Barboza, mãe de Bento Zuri e parceira de diversos coletivos de artes da capital paulista. Nos últimos anos, dedica-se a pesquisas sobre negritude, feminismos e maternidade/matriarcado.
A dramaturgia é assinada por Priscila Obaci, multiartista, educadora e mãe de dois. Matrigestora do Instituto Poesias Pós Parto, Priscila desenvolve, por meio da literatura e das artes do corpo e da voz, atividades voltadas ao cuidado de mães, bebês e crianças na primeira infância, atravessadas por sua vivência e pesquisa artística.
O projeto também prevê o lançamento de um documentário sobre o processo de criação, reunindo relatos de mulheres, parteiras e mães colhidos ao longo da pesquisa e da circulação, ampliando o registro e a memória das experiências que atravessam o trabalho.
A pesquisa e as rodas de conversa são orientadas por Carol dos Anjos, doula e uma das impulsionadoras do projeto, que acompanha o processo desde sua concepção, contribuindo para a construção dos diálogos e para a escuta qualificada que atravessa as apresentações.
As apresentações são seguidas de rodas de conversa, convidando o público a participar ativamente do encontro e a compartilhar experiências. As atividades contam com acessibilidade em Libras e Audiodescrição (AD).
A circulação integra projeto contemplado nos Editais da Política Nacional Aldir Blanc – PNAB, com recursos do Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura e da Secretaria da Cultura de Piracicaba/SP.



