Por enquanto, o jogo é de bastidor
As pesquisas não dão força para Lula, apenas indicam que a preferência pelo seu nome estacionou em um volume relativamente baixo para tanta vontade
Imagem: ChatGPT
Não temos ainda uma clareira aberta para vislumbrarmos o que poderá acontecer em 2026. Por enquanto, apenas Lula insiste em afirmar que pretende ser candidato a presidente da república, tentando assim seu quarto mandato. É mais barulho sem expressão.
Temos Ratinho Júnior (Paraná) dando os primeiros passos para uma possível candidatura. Ronaldo Caiado (Goiás) segue na mesma toada. Romeu Zema (Minas Gerais) parece mais acomodado e tendente a apoiar o governador de São Paulo. Tarcísio de Freitas, por sua vez, continua sendo o nome preferido da oposição, mas ainda sem uma definição clara de qual será o seu jogo.
As pesquisas não dão força para Lula, apenas indicam que a preferência pelo seu nome estacionou em um volume relativamente baixo para tanta vontade. De tudo o que ele já fez até agora para tentar ganhar mais visibilidade, pouco adiantou. Sua rejeição continua alta. Um mal sinal, suponho.
Mesmo assim, será necessário aguardar novos fatos para que as peças se movimentem e indiquem tendência. Parece que o brasileiro ainda não está preocupado com quem será o novo presidente. Prefere aguardar para ver como as coisas ficam.
É momento de carregar a bateria. Assim que os sinais aparecerem, o jogo começa de verdade. O que houve até aqui? Balões de ensaio. Mas há vários nós para serem desatados antes do arranque de algum personagem. São nós de bastidores, que envolvem ainda estratégias bolsonaristas.
Jogo mais tenso está rolando, por exemplo, na CPMI do INSS. Por lá, se espera algum gesto mais agressivo contra o governo. Mas não é possível prever se virá. A mudança de Luiz Fux para a segunda turma do STF é outro campo a se observar. O clima nesses dois polos pode ser tenso, mas não acontece nada significativo que sinalize alguma mudança de cenário.
Enquanto isso, o negócio é deixar que Lula continue viajando. Fora do Brasil, seu governo é exemplar. Em breve, ainda este ano talvez, saberemos se o brasileiro está mesmo disposto a ensaiar uma nova realidade ou se vai se render à mesma.




