Prefeitura estuda melhor alternativa para evitar descarte de lodo no rio Piracicaba
"Esses estudos são conduzidos em conformidade com as normas ambientais, com o objetivo de atender às exigências legais e minimizar impactos ao meio ambiente e no abastecimento de água à população."
A situação de emergência decretada por Helinho Zanatta (PSD) para enfrentar a crise de abastecimento de água na cidade segue orientação do Ministério Público (MP). É a mesma orientação que foi dada ao ex-prefeito Luciano Almeida, mas desconsiderada por ele.
Com a situação de emergência, o prefeito reconhece a situação de criticidade da ETA Luiz de Queiroz e a necessidade de planos de contingência e emergência para administrar o cenário hídrico dentro da legalidade.
Nesse sentido, em caráter excepcional, e esgotadas outras possibilidades técnicas emergenciais, o lançamento do lodo no rio Piracicaba pode até ocorrer, segundo o próprio MP. O que não pode é voltar o lançamento do lodo como se isso fosse normal e legal.
Por isso, é importante a informação dada pelo prefeito à imprensa, de que vai “respeitar as orientações do Ministério Público e assume o compromisso de trabalhar com celeridade máxima nas buscas por soluções rápidas, porém, reparadoras e eficazes, para a resolução dos problemas, além de atender toda a legislação ambiental vigente.”
Em reunião com o presidente da Câmara, o vereador Rerlison Rezende (PSDB), Relinho, Helinho Zanatta detalhou hoje (13) os avanços nos trabalhos realizados na estação de tratamento Luiz de Queiroz.
Segundo o prefeito, um dos tanques de lodo já foi completamente esgotado, e há previsão de que o lodo do segundo reservatório seja removido em uma semana. Essa medida deve aumentar significativamente a capacidade de fornecimento de água tratada pelas estações Luiz de Queiroz I e II.
Só que, após essa retirada do lodo dos tanques, e a retomada da produção, o lodo dos decantadores e águas de lavagem de filtros podem voltar a ser jogadas no rio Piracicaba, como se fazia antes. Aí, sim, dispara o relógio para que o poder público tome medidas urgentes que revertam esse impacto ambiental.
Caso o descarte não seja revertido em tempo hábil, como está na Liminar derrubada pela Justiça, e passe a ser visto pela gestão pública como uma normalidade, provavelmente novas medidas sejam tomadas pelo MP junto à Justiça. O descarte de lodo no rio, se ele houver, deve ser uma ação inevitável e permanecer restrita a esse momento de excepcionalidade.
Prefeitura
Questionada pelo site Viletim sobre o assunto, a prefeitura respondeu que "o Semae realiza estudos técnicos detalhados para definir a melhor solução para a destinação adequada do lodo gerado na Estação de Tratamento de Água (ETA) Luiz de Queiroz.
"Esses estudos são conduzidos em conformidade com as normas ambientais vigentes, com o objetivo de atender de forma responsável às exigências legais e minimizar impactos ao meio ambiente e no abastecimento de água à população.
"Reiteramos nosso compromisso com a transparência e a sustentabilidade em todas as nossas operações. No momento oportuno, a população será devidamente informada sobre as próximas medidas tomadas durante este processo."