Qual é o problema?
Experiência e olhar atento de quem se propõem a coordenar uma ação para saneá-lo são determinantes, para não se perder em questões secundárias
Por Alessandro Natal
Se alguém pergunta: mas qual é o problema? E você não souber explicar o que está acontecendo, pouco terá ajudado para solucioná-lo. Até mesmo a ajuda almejada poderá ser inútil.
Esta situação é muito comum no ambiente corporativo, onde nem sempre os fatores que alimentam um determinado problema são evidentes. Por isso a necessidade da experiência e do olhar atento de quem se propõem a coordenar uma ação para saneá-lo, para não se perder em questões secundárias.
Pela famosa lei de Kindlin, se você descrever um problema de forma clara e específica, terá resolvido metade dele. Em um trabalho de equipe, o empenho coletivo deve estar alinhado em um mesmo objetivo, exatamente para que seus integrantes não se percam em teses desencontradas.
Trata-se de uma questão elementar: a clareza. Ela que levará à solução mais eficaz. Mas nem sempre a clareza está dada. Exige-se um ferramental adequado para o diagnóstico do problema: um pouco de lógica, certa formação humanística, conhecimento técnico e um tanto de experiência. Claro, experiência de trabalho em equipe.
Solucionar o problema não é o mais difícil. Diagnosticá-lo com precisão e querer solucioná-lo são fatores preponderantes. Mas a arte do trabalho em equipe está em identificar sinais do problema enquanto ele ainda não se estabeleceu de forma incontornável.
A ação preventiva é sempre, como na Saúde, o melhor caminho para não deixar que o problema domine o cenário corporativo. Em situações em que o problema exige um enfrentamento incondicional, os efeitos colaterais costumam ser severos.