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Saúde é motivo de muitas críticas na última sessão da Câmara Municipal

Os questionamentos dos vereadores de Piracicaba vão desde falta de produtos de higiene até problemas no atendimento médico

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mar 28, 2025
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Foto: Guilherme Leite

A sessão camarária de ontem (27) foi dominada por críticas ao sistema público de saúde. O tema começou a ser abordado na Tribuna Popular, quando o orador Rhaian Pereira de Souza Oliveira relatou problemas no atendimento de emergência da avó dele, de 97 anos, que teve um enfarte no último dia 15 de março. Ele apontou a situação precária da UPA Piracicamirim, onde faltam materiais aos enfermeiros e técnicos, há sujeira e ausência de protocolos de segurança.

O discurso recebeu a colaboração dos vereadores Sílvia Morales (PV), do Mandato Coletivo A Cidade é Sua, Laércio Trevisan Jr. (PL) e Gesiel Alves Maria (MDB), o Gesiel de Madureira, que comentaram sobre os relatos de problemas no atendimento que também recebem e sobre a necessidade de melhorias na saúde pública da cidade.

Dois requerimentos aprovados pelos parlamentares ainda suscitaram questionamentos e críticas sobre o tema. O de autoria do vereador André Bandeira (PSDB) solicita informações sobre a falta de curativos nas unidades de saúde.

Ao justificar voto, a vereadora Rai de Almeida (PT) disse que recebeu demandas sobre a carência de outros materiais como água, sabão e papel higiênico. Por sua vez, o vereador Pedro Kawai (PSDB) reclamou da falta de suprimentos utilizados para higienização por pacientes colostomizados. Pontuou também a inércia de pessoas que foram nomeadas para cargos de chefia na área e que não têm conseguido resolver ou responder às demandas levadas pelos vereadores.

O requerimento do vereador Marco Bicheiro (PSDB) questiona sobre as condições da estrutura e possibilidade de reforma do prédio da USF IAA I. Ao justificar voto, ele exibiu um vídeo sobre a situação precária do prédio onde funciona a unidade e relatou que não é a única que passa pelo problema. O vereador Trevisan Jr. também justificou voto e criticou o funcionamento de unidades de saúde em casas alugadas, com garagens improvisadas para atendimento da população e solicitou prédios com condições melhores para abrigarem o serviço.

Pedido de prorrogação – Até mesmo a votação de um ofício com pedido do Poder Executivo para prorrogação por mais 15 dias do prazo para resposta ao requerimento de autoria de Fábio Silva (Republicanos) gerou debate. Ele questiona a Secretaria de Saúde sobre a aquisição e distribuição de próteses auditivas.

A prorrogação do prazo foi aprovada com placar de 11 votos favoráveis e sete contrários. Vários vereadores justificaram voto e ressaltaram a importância de um posicionamento da Prefeitura sobre o caso. O autor do requerimento justificou que optou por dar um voto de confiança à atual administração, já que o problema dos aparelhos auditivos se arrasta desde a gestão anterior.

Já o vereador Pedro Kawai (PSDB) lembrou que esse questionamento surgiu na Câmara no mandato passado e que o governo anterior havia garantido que os aparelhos já haviam sido adquiridos. O vereador André Bandeira (PSDB) destacou que houve garantia sobre a compra de outros aparelhos, mas que até agora não foram entregues aos pacientes.

Trevisan Jr. criticou o atraso no envio de respostas, apesar da criação de cargos de chefia para a pasta. “Mais uma vez estamos votando a prorrogação de prazo para resposta a requerimento e isso já começa a preocupar”, ponderou. “Esta Casa aprovou a criação de secretários executivos para ampliar o time e ainda assim não manda a resposta”.

O vereador Wagner de Oliveira (PSD), o Wagnão, citou o caso de uma jovem paciente que havia sido atendida em unidade de saúde, teve alta, mas depois recebeu diagnóstico de tumores na cabeça. Defendeu ainda o diálogo do secretário de Saúde, Sérgio Pacheco, com os vereadores.

Por sua vez, o líder de governo, vereador Josef Borges (PP), justificou que há uma alta demanda de requerimentos da Câmara e que, por isso, em algumas situações, é necessária a prorrogação de prazo para respostas e pediu paciência aos colegas. “Aprovamos todos os requerimentos porque o governo é de transparência e de diálogo. Mas cada requerimento envolve até três servidores para buscar uma resposta. Não há motivo para se revoltar por uma resposta de requerimento”, afirmou.

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