Terceira fase da vacinação contra febre amarela será na área rural da UBS Planalto
Ação que já foi realizada em Ártemis e Santana começa dia 25, segunda-feira
A Secretaria Municipal de Saúde começa na próxima segunda-feira (25) a terceira fase da vacinação de casa em casa contra a febre amarela. Desta vez, a imunização, que segue até o dia 5 de setembro, será na área rural de abrangência da UBS Planalto, região oeste da cidade.
Este modelo de busca ativa, quando os profissionais da saúde percorrem as regiões em busca de pessoas que ainda não foram imunizadas, já foi realizado em Artemis e Santana. Desde o início da ação, em 26 de julho, foram aplicadas 1.197 doses. Ao todo, nesse ano, foram aplicadas 11.199 doses de vacina contra a febre amarela. A cobertura vacinal em menores de 1 ano é de 75,18%.
Além da busca ativa na área rural, a vacinação contra a febre amarela está disponível em todas as unidades de saúde de Atenção Básica do município, UBSs e USFs (exceto UBS Paulista), de segunda a sexta-feira, das 8h às 15h, além do horário estendido – das 17h às 20h - na UBS Centro (avenida França, 227, Jardim Europa).
A ação é considerada fundamental, uma vez que já ocorrem confirmações de casos da febre amarela em cidades vizinhas a Piracicaba, como São Pedro e Itirapina.
Para ser vacinada, a pessoa deve apresentar um documento de identificação com foto que tenha o número do CPF ou cartão SUS e a caderneta de vacinação (caso possua)
PROTEÇÃO - “A vacinação é a principal ferramenta de prevenção e controle da febre amarela”, reforça o vice-prefeito e secretário de Saúde, dr. Sergio Pacheco. Desde 2019, o Estado ampliou a abrangência da vacinação e atualmente, a vacina está disponível nas unidades de saúde. “Na Zona Rural estamos fazendo a busca ativa para garantir a imunização de um maior número de pessoas”, complementou.
Carina Baron, gerente da Cevisa (Centro de Vigilância em Saúde), lembra que a população da Zona Rural recebe especial atenção das equipes da Secretaria. “Entre as ações estão a vacinação extramuros, a busca ativa e vacinação de indivíduos não vacinados”, enfatizou.
A gerente reforça a importância de todas as pessoas se vacinarem, não somente quem vai viajar, contudo, as pessoas que vão se deslocar para áreas de mata, beira de rios, pesqueiros, fazer turismo ecológico, localidades de circulação viral conhecida – em humanos ou em macacos – devem redobrar a atenção e verificar suas carteiras de vacinação antes da viagem. “Se não houver registro da vacina de febre amarela, precisam se vacinar com dez dias de antecedência da viagem para melhor proteção”, afirmou.
IMUNIZAÇÃO – A recomendação do Ministério da Saúde é para que crianças recebam duas doses da vacina: aos 9 meses e aos 4 anos de idade. Após os 5 anos, a vacina é aplicada em uma única dose, por toda a vida; no entanto, caso a pessoa tenha recebido apenas uma dose da vacina de febre amarela antes de completar 5 anos de idade, deverá receber um reforço.
A DOENÇA – A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, de evolução abrupta e gravidade variável, com elevada letalidade nas suas formas graves. A doença é causada por um vírus transmitido por mosquitos, e possui dois ciclos de transmissão (urbano e silvestre). No ciclo urbano, a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados. No ciclo silvestre, os transmissores são mosquitos com hábitos predominantemente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes.
No ciclo silvestre, os primatas não humanos (PNHs) – macacos, por exemplo – são considerados os principais hospedeiros, amplificadores do vírus, e são vítimas da doença assim como o ser humano, que, nesse ciclo, apresenta-se como hospedeiro acidental.
É uma doença de notificação compulsória imediata, ou seja, todo evento suspeito (tanto morte de primatas não-humanos, quanto casos humanos com sintomatologia compatível) deve ser prontamente comunicado/notificado, em até 24 horas após a suspeita inicial, às autoridades locais competentes.
A orientação é que, caso a pessoa encontre um macaco morto, não toque no animal nem o enterre; evite que crianças, outros animais e curiosos se aproximem; comunique o CCZ pelo telefone (19) 3427-2400 e aguarde um técnico do serviço de saúde.