Um Porsche é bagatela para quem tem outras prioridades, como pagar água e luz
O caso agora é o tal Careca do INSS, um empresário colosso
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Quando o dinheiro vem fácil, os carros de luxo brotam aos montes. Incrível esse prazer dos criminosos no fervor do dinheiro. Desde Collor de Mello era assim. Lembram do Lamborghini, Porsche, Ferrari... do ex-presidente? Sei que o mais famoso foi o Fiat Elba, que causou a maior dor de cabeça ao caçador de marajás. Mas, enfim, o caso agora é o tal Careca do INSS, um empresário colosso.
Como empresário bem-sucedido nas costas dos velhinhos violentados com extorsões infinitas, o homem aparece com uma fieira cheia de carros de brilhar os olhos. O noticiário afirma que a Polícia Federal já apreendeu uns 14 deles, mas os mais caros sumiram de repente. Nem o dono sabe onde estão.
Um Porsche, por exemplo, está avaliado em R$ 986 mil. Há também um Audi de R$ 782 mil. É compreensível. Estas coisas somem mesmo. Descuido puro. Deve ter caído no fundo da gaveta e ninguém percebeu. A Justiça vai descobrir que até suas casas sumiram. Imóveis nessas horas criam rodinha e se mandam. Ficar dando sopa para quê? Parece até que tem jatinho na jogada. Mas é nave que voa e não se pega em arapuca de bambu.
A Justiça tem que seguir seus protocolos e um homem desses não pode criar situações para se incriminar na CPMI do INSS. Diz apenas que tem tido muito sucesso nos seus negócios ultimamente. Isso está claro. Num país como o nosso, só não compra um Porsche quem não quer. Eu mesmo prefiro pagar água, luz e garantir comida na mesa. Senão, eu teria também vários deles. Só da Hot Wheels, tenho um amigo com uns 20.
As fraudes do INSS alcançaram a cifra de R$ 6 bi. Um carrinho aqui, outro ali, é como conversa de inocente, não deveria causar espanto. Coisinhas que se resolvem na cifra de milhões. A bandidagem quer mais. Ela é ambiciosa. Não para no meio do caminho. Antes se dizia: Você já alcançou seu primeiro milhão?, quando o assunto era sucesso na bolsa ou nos empreendimentos empresariais. Agora é bilhão. Porque a corrupção está superfaturada, compreende-se.
Há muitos políticos conCentrados no desenvolvimento desses negócios lucrativos. São grandes empreendedores, que costumam ter fortes relações com Brasília, de olho no bolso dos trabalhadores brasileiros, essa fonte infinita de fomento a projetos dessa natureza. Como o dinheiro hoje é virtual, nem quer. Ninguém precisa saber onde foi parar. Aqui, se plantando... Não falei Centrão distraidamente, não, falei?