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Uma batalha perdida para o mosquito da Dengue

Uma batalha perdida para o mosquito da Dengue

A cidade registrou 16 óbitos ao longo do ano e um surto descontrolado da doença

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dez 26, 2024
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Uma batalha perdida para o mosquito da Dengue
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DA SÉRIE RETROSPECTIVA 2024

Sem alarme, mas consciente da situação, o experiente Sebastião Amaral Campos, o Tom, coordenador do Programa Municipal de Combate ao Aedes (PMCA), ligado ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), da Secretaria de Saúde, disse, no dia 5 de janeiro de 2024, que o clima estava favorável à proliferação na cidade do mosquito transmissor da dengue.

“Os dados climatológicos”, explicou, “mostram que o Brasil está sob influência do fenômeno El Niño, que tem como características apresentar temperaturas mais altas e chuvas intercaladas. Essa condição é muito propícia para o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya se reproduzir, o que acarreta num aumento expressivo de sua população.”

Aí vinha a frase derradeira de Tom: “Consequentemente, a probabilidade de aumentar a contaminação de mosquitos com o vírus da dengue e sua transmissão é alta.”

Como é sabido, aa equipe do PMCA atravessou o ano trabalhando intensamente, tirando entulho dos quatro cantos da cidade. Mas nada disso foi suficiente para conter a força devastadora do Aedes quando ele se sente potencializado para se desenvolver. Nas falas e Tom estava assinalado o perigo, uma vez que o clima era propício e o mosquito não brinca em serviço:

“Em um único local a fêmea do mosquito chega a colocar, em média, mais de 100 ovos”. Deu no que deu. A cidade viveu um surto histórico de dengue, com 16 mortes e cerca de 30 mil casos positivos registrados da doença.

Segundo o banco de dados da Vigilância Epidemiológica (VE-Piracicaba), de janeiro a dezembro de 2023 foram registrados apenas 3.116 casos positivos e três óbitos por dengue. No mesmo período de 2022, foram 1.443 casos e um óbito; em 2021, foram 5.356 casos e um óbito.

Que 2025 não seja este o mesmo prognóstico de Tom. Se for, que sejam respeitados seus apontamentos e as medidas do governo municipal sejam também mais ousadas, para que 2025 não seja mais um ano em que vamos perder a batalha e vidas para o mosquito.

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