XVzão do meu coração!
Se não der errado, as chances de dar certo são mínimas, mas elas existem
O XV entra em campo logo mais, em Votuporanga. Aposto em dizer que se não perder, o time tem grandes chances de empatar, uma vez que parte do time principal continua no departamento médico. Mas se o Votuporanguense entrar com tudo, o XV pode resistir bravamente e até arrancar uma vitória, no segundo tempo, depois que o dr. Egert espremer o banco, lembrar que é campeonato e tirar dali algum caldo.
Quem consegue saber como será o jogo não tem bola de cristal, mas poderia muito bem armar uma lona em Votuporanga mesmo e começar a ler mão, que vai ganhar dinheiro, nem que seja para o litrão. O alvinegro é um time instável, que quando decide jogar, vale a pena assistir para torcer. Quando não joga, vale a penas assistir par cornetar. Tenho cornetado muito o XVzão.
A sorte é que o campeonato da A2 deve estar triste para todos os torcedores que acreditam no futebol de base. Um jogo só não é pior que o outro porque a lógica no futebol não é a mesma que na política. A similaridade, no caso do XV, talvez esteja na velharada que chega a cada campeonato para se aposentar em Piracicaba, dependurados no departamento médico. A diretoria compra jogador em pacote. O melhor vai e faz meia dúzia de jogo. Entusiasma a torcida. Depois cai no gramado e vira notícia de estiramento perpétuo.
Os jogadores que seguem, do mesmo pacote, vão ter que aprender a jogar bola para o próximo campeonato. O XV é vanguarda na formação de perna de pau. Eu sou retaguarda. Espero não precisar cornetar o XV hoje. Não quero estragar meu sábado e almejo a liderança desse colosso da Noiva da Colina. Sintetizar o XV? É impossível. Cabeça de velho, corpinho de craque e habilidade de jogador de final e semana. Se não torcer o menisco, já está bom. Se fizer gol, avante, meus heróis.