Brasil, um diagnóstico da professora Magda
Bolsonaro, o Jair, está preso e não tem mais a força política que gostaria de ter; seu poder de influência se dissipa a cada dia
A direita não se endireita. Parece que prefere se entortar. Aí perde para o dono do PT, que sabe muito bem como tocar seu rebanho. No dedaço ou no porrete, Lula faz tudo ser como ele quer. As coisas funcionam na democracia petista, porque a democracia ali é obedecer ao chefe.
Bolsonaro, o Jair, está preso e não tem mais a força política que gostaria de ter. Seu poder de influência se dissipa a cada dia. Mais e mais, os eleitores de direita pensam em fugir de sua mira. Os candidatos a presidente, com algum potencial, também. O ex tornou-se desgastante e tóxico.
A coisa vai ficando ainda mais feia se seu filho alopradão, o Eduardo, teimar em ser candidato a presidente, em nome do seu pai. Ele tem baixíssima chance de emplacar. Mas o cara é lunático. Vê-se pela postura e pelo que fala. Lombroso acerta mais uma vez. Se ele cair de quatro, não se levanta mais, como diria Ivan Lessa.
Bonito esta semana eu antecipar a bela matéria que saiu no site oantagonista sobre Ratinho Jr. Claro que a matéria da revista eletrônica de hoje é bem mais completa. Mas o fato é que o Viletim está atento ao cenário e só fala quando tem certeza, como a Magda, aquela do programa de TV. Está no site a matéria local.
O jogo agora se concentra em três nomes, o de Tarcísio de Freitas, Ratinho Júnior e Ronaldo Caiado, sendo que os dois últimos já se posicionaram como candidatos. Mas o nome mais forte no mercado ainda é o do governador de São Paulo, que tem se esforçado para reduzir a pressão sobre ele, aumentando-a.
Dizem que o Kassab é o cara que comanda o jogo. Que tem o pulso do movimento. É o árbitro. Um amigo costuma dizer que, em um terremoto, se você ver o Kassab correndo para algum lado, siga-o, porque é o único que sabe onde está o porto seguro.
No entanto, é o mesmo que sempre encontrou porto seguro no lulismo. Até hoje está pendurado lá. Ele não é imoral, é amoral. Seu nome se chama poder. E é no poder que ele quer permanecer. Não interessa quem estiver no poder. Veja só. Ele é secretário de Tarcísio e tem seus secretários lá no governo Lula. Precisa desenhar, centrão?
Em Piracicaba, ele conseguiu uma proeza. Quem foi o adversário de Helinho Zanatta na última eleição municipal para prefeito? Isso mesmo, Barjas Negri. Onde está Barjas Negri, que era do PSDB? Isso mesmo, no PSD, de Kassab, que é o mesmo partido de Zanatta.
Pode Creusa? Barjas tem ainda a honra de dizer que ele não foi convidado a ingressar no movimento de Kassab a convite do diretório municipal do PSD, mas foi convidado pelo próprio Kassab, por São Paulo. Kassab, portanto, tem o candidato da situação e da oposição em Piracicaba sob o seu controle. Quem brinca com o homem?
Mas voltando ao movimento nacional, se a direita não se endireitar, deixar um pouco essa loucura bolsonarista e planejar o seu futuro para vencer Lula, ficará fácil ao atual presidente ter mais quatro anos de governo e morrer caquético como o Brasil, em uma simbiose perfeita.
Ainda mais agora que ele tem esse discurso fake de que vai isentar os que recebem até R$ 5 mil do Imposto de Renda. Ganha o eleitorado? Pode ser até que ganhe, mas alguém terá que pagar essa conta. Os profissionais liberais sabem disso. Não houve corte das despesas do governo. Trocou-se apenas o pagador. Por outro lado, tem o INSS rolando e as descobertas de um PT eternamente petista e envolvido em falcatruas. O que impacta em uma eleição tudo isso?
Creio que, noves fora, vai dar zero, um zero do tamanho do nosso salário, que cresce inversamente proporcional ao crescimento da delinquência na política brasileira.